
Agosto: mês de Obaluaê/Ọbalúaìyé (senhor e deus do mundo). E tempo de pedir a proteção do patrono da saúde segundo o culto dos Orixás. No Brasil, aliás, a escolha do mês não é aleatória. Remonta ao período da escravidão e ao sincretismo religioso – interação entre religiões de matriz africana e o catolicismo. Conheça mais e aumente sua energia positiva!
São Roque X Obaluaê
De acordo com a Igreja católica, dia 16 de agosto é dia de São Roque, padroeiro dos inválidos e protetor contra doenças. Também por isso os cultos afro-brasileiros adaptaram seu calendário para reverenciar Obaluaê na mesma época do ano. Já que trata-se de um Orixá que, assim como o santo, está intimamente ligado à saúde. A Umbanda e algumas vertentes do candomblé ainda se apoiam nessa interação.
SAIBA MAIS SOBRE SINCRETISMO: Conta-se que os negros africanos não podiam cultuar suas divindades livremente, então optaram por esconder seus Orixás sob nomes dos santos católicos. Mas essa época felizmente já passou e a todos é garantido o direito a culto e à expressão religiosa.
Obaluaê no candomblé
Durante todo o mês, portanto, as casas de culto afro promovem o Olubajé (banquete do rei). E abrem suas portas ao público que vem pedir a proteção de Obaluaê e participar das festividades. No evento, são servidas uma infinidade de comidas votivas e inspiradas na culinária africana. Obaluaê seria a versão jovem e Omolu a versão mais idosa da mesma divindade.
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Entretanto, os mais antigos evitam repetir o nome relacionado a esse Orixá. Trata-se de Xapanã (Șọpọna), que quer dizer varíola. Em tempos remotos – quando a varíola assolou o território de Ile Ifé – as pessoas que contraíam a doença eram consideradas castigadas por esta divindade.
Obaluaê, então, é considerado um orixá forte, poderoso. E que se apresenta sob uma longa roupa feita de palha da costa trançada. Nas mãos, pode segurar uma lança de ferro ou o Xaxará (ȘaȘara), espécie de vassoura mágica.
No candomblé do Brasil, Obaluaê é cultuado através de muitas qualidades ou caminhos diferentes. Tais como: Jagun, Sakpata, Avimaje, Possun, Intoto, Azunsun, e Azoani.
Curiosidade: durante o mês de agosto, os terreiros de candomblé de Angola celebram a Kukuana. Trata-se de um banquete oferecido ao Inquice Kaviungo, que guarda semelhanças com o Orixá Obaluaê.
Conheça o Orixá Obaluaê
Domínios: saúde, proteção contra doenças, resiliência
Cores: preto e branco. Preto, branco e vermelho (Omolu)
Números associados no Merindilogun/Diloggun: 7 e 13
Saudação: Atotô (Calma)
Dia da semana regente: segunda-feira
Símbolo: Xaxará, uma vassoura com a qual varre as negatividade do mundo
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